O
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, é uma unidade singular da
proteção básica, ou seja, uma unidade que se diferencia das demais, pois é a
única unidade que desempenha as funções de gestão de proteção básica no seu
território e de oferta do Programa de Atenção Integral a Família - PAIF.
O
CRAS, tem como público alvo uma população em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação e/ou, fragilização de vínculos afetivos e que
vivenciam situações de discriminação etária, étnica, de gênero ou por
deficiência.
O
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, é uma unidade
estatal responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e
continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Para isso,
envolve um conjunto de profissionais e processos de trabalho que devem ofertar
apoio e acompanhamento especializado. O principal objetivo é o resgate da
família, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros.
ATUAÇÕES
DOS PROFISSIONAIS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NOS CENTROS DE REFERÊNCIAS.
São
inúmeras as atribuições do Assistente Social nos Centros de Referências
(CRAS/CREAS), porém podemos elencar algumas, como:
-
Execução das atividades inerentes ao CRAS/CREAS, de acordo com as instruções do
Sistema Único de Assistência Social - SUAS, visando propiciar condições de
inclusão e programa social, bem como o fortalecimento dos vínculos de
pertencimento comunitário e familiar;
-Identificar
situações de vulnerabilidade e risco social local;
-Propiciar
atendimento sócio assistencial aos grupos sociais e famílias considerando a
situação social diagnosticada, a rede de proteção instalada e as
potencialidades locais;
-
Prevenir situações de violação de direitos, tais como: abandono, negligência,
violência ou marginalização e criminalidade, potencializadas pela pobreza,
exclusão social e baixa estima;
-
Fortalecer as relações familiares e comunitárias;
-
Realizar estudos e pesquisas.
Quando
as pessoas precisam de atendimento social, buscam os CRAS/CREAS, que contam com
uma equipe multiprofissional. Eles prestam serviços de proteção social
básica/especializada, respectivamente, e encaminham, se necessário, para outros
atendimentos. O objetivo é prevenir o risco social, fortalecendo os vínculos
familiares, comunitários e promovendo a inclusão das famílias e dos cidadãos
nas políticas públicas, no mercado de trabalho, na vida em comunidade.
O
Pró-jovem Adolescente, que é um Serviço Socioeducativo diretamente vinculado ao
território do CRAS, isto é, referenciado ao CRAS, visa contribuir para
fortalecer as condições de autonomia das famílias e dos jovens, para que possam
gerir seu processo de segurança social.
Também,
integra-se as estratégias do CREAS, no sentido de complementar o trabalho de
fortalecimento de vínculos com as famílias, de modo a proporcionar alternativas
emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social decorrente das
condições de pobreza e de desigualdades sociais, as quais afligem milhares de
famílias nas diversas regiões do Brasil.
No
CRAS a presença dos assistentes sociais é fundamental e sua intervenção
profissional é de grande importância para a instituição, mas principalmente
para a vida dos usuários, pois através do seu exercício profissional esses
profissionais buscam a garantia dos direitos dos usuários.
A
partir da Constituição Federal de 1988 a assistência social passou a ser
direito do cidadão e dever do Estado, mas ao longo dos anos o gasto com as
políticas sociais tem sido cada vez menor.
As
políticas sociais estão subordinadas a política econômica o que interfere nos
serviços públicos que são prestados à população o que reflete também nas
condições de trabalho dos profissionais que trabalham na área social como é o
caso dos assistentes sociais que trabalham no CRAS. (CAVALCANTE, PRÉDES 2010)
Os
assistentes sociais no seu dia-a-dia de trabalho estão inseridos em uma
realidade contraditória onde em meio ao aumento da demanda por serviços sociais
há a redução do financiamento das políticas sociais promovidas pelo processo de
reforma do Estado. Identifica-se também que seu exercício profissional e suas
condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas. Idem
A
Assistência Social historicamente é uma política que absorve um grande número
de assistentes sociais, e esse crescimento é notório após a implementação da
Política Nacional de Assistência Social. Por meio do CRAS ser uma unidade
recente da Política de Assistência Social, esse tema é bastante relevante para
suscitar debates sobre esta inserção e sobre a política de assistência social,
bem como qualificar a atuação destes profissionais.
Referências
Referências
CAVALCANTE,
Girlene Maria Mátis; PRÉDES, Rosa. A
Precarização do Trabalho e das Políticas Sociais na Sociedade Capitalista:
Fundamentos da Precarização do Trabalho do Assistente Social. In: Revista
Libertas, Juiz de Fora, v.4, n.1, p. 1 - 24, jul / 2010.
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A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NA SOCIEDADE CAPITALISTA: fundamentos da precarização do trabalho do assistente social
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